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Além do Engano da Lei da Atração: Cocriando com a Sabedoria da Existência



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Por que tentamos forçar a realidade a se dobrar aos nossos desejos, quando ela nos guia por caminhos mais sutis? 


O senso comum da lei da atração, que promete resultados apenas com pensamentos positivos, é um equívoco que simplifica a complexa teia da vida. A cocriação fluida, inspirada em um entendimento mais completo das filosofias orientais, nos ensina que a verdadeira força surge ao abraçar o não controle, alinhando ação e presença.


A narrativa popular da lei da atração foca em visualizar o sucesso, mas ignora a necessidade de esforço e contexto. Esse positivismo tóxico acaba gerando culpa quando as coisas falham, sugerindo que a pessoa “não quis o suficiente”. Na verdade, a realidade é moldada por múltiplas forças, e apenas desejar não tece seus fios vivos.


O wu wei taoísta oferece um contraponto, mostrando que agir como a água, fluindo sem resistência é mais eficaz que forçar um desfecho. Um líder que ajusta seus planos a uma crise inesperada, por exemplo, cocria com o momento. Essa harmonia reduz o estresse e amplifica o impacto.


O jnana yoga, o yoga do autoconhecimento, é a raiz que sustenta o karma yoga. Ele nos faz ver que o ego, com sua ânsia de controle, é uma ilusão que separa o indivíduo do todo. Sem essa clareza, nossas ações, mesmo bem-intencionadas, acabam sendo guiadas por desejos rasos ou medos.


Com a sabedoria do jnana yoga, o karma yoga ganha profundidade: cada ato se torna uma entrega consciente ao bem maior, sem esperar recompensas. Em alta performance, onde a pressão por resultados é intensa, esse desapego evita o esgotamento e mantém a autenticidade. Assim, o trabalho se transforma em uma expressão do ser, não em uma busca por validação.


Cocriar com a vida é perceber seus sinais, como em uma intuição súbita, um fracasso que redireciona, e responder com coragem e atenção. Essa abordagem transforma obstáculos em lições, livres da toxicidade de culpar a si mesmo por “pensar errado”. Cada passo, então, ressoa com um propósito que conecta o indivíduo ao universo.


Imagine alguém que, ao invés de se culpar por um plano frustrado, pausa e encontra um novo caminho com a serenidade e a calma da consciência de enxergar o melhor a ser feito em cada situação, com o mínimo de esforço e máximo de resultado, aproveitando o fluxo das ondas da vida.


Essa cocriação eleva não só o desempenho, mas a alma, alinhando-a ao ritmo maior da existência. E se, em vez de perseguir ilusões de controle, nos tornássemos parceiros da vida, dançando com os fios que ela entrelaça?


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