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O Sexo Casual Verdadeiramente Liberta ou Apenas Esconde a Fome da Alma por Conexão?


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O sexo casual, embora celebrado na modernidade por sua promessa de liberdade, carrega uma estranheza que frustra a completude da relação carnal, revelando sua inferioridade diante do sexo impregnado de amor. 


Após o clímax, o vazio emocional leva muitos a inventarem desculpas para se afastar. Um compromisso repentino, a necessidade de dormir, ou o silêncio que rejeita a conchinha, vista como "brega". 


Essa pressa em se desconectar, possivelmente um eco evolutivo de tempos em que a vulnerabilidade pós-coito exigia a fuga de predadores, revela sobretudo a ausência do amor, o tempero secreto que unifica corpo, mente e alma, tornando o sexo um pacote completo.


As tradições tântricas e taoistas resgatam essa plenitude, tratando o sexo como uma comunhão sagrada onde os amantes transcendem a individualidade para acessar o casal primordial.


Durante o ato carnal, genitais, olhos, bocas e zonas erógenas tornam-se canais para uma simbiose profunda, entrelaçando o físico ao espiritual em uma dança energética que ressoa com a harmonia cósmica. 


Enraizadas nas filosofias do sul da Ásia e da China, essas práticas elevam o sexo a um ritual de expansão da consciência, com a atenção interior, cultivada por práticas meditativas individuais, voltada para o cônjuge e para o ser que surge da fusão de sensações dos amantes.


No Tantra, o sexo é uma meditação viva, onde toques, respirações, olhares prolongados e carícias nas zonas erógenas são impregnados de presença plena, refinada pela introspecção meditativa individual. 


A circulação do prana dissolve as barreiras do ego, unindo o masculino (Shiva) e o feminino (Shakti) em equilíbrio sagrado, enquanto práticas como respiração sincronizada ou beijos que exploram a boca como portal de conexão intensificam a fusão, dando vida ao ser coletivo que emerge das sensações compartilhadas, recriando o casal primordial onde a completude de gênero reflete a integração de polaridades. 


Assim é possível sentir o que o outro sente, pois a união transcende o individual, criando uma comunhão de almas onde o prazer de proporcionar prazer ao outro se entrelaça ao próprio gozo, superando a sensação individualista.


O Taoísmo encara o sexo como alquimia energética, cultivando o chi através de carícias sensoriais, beijos e trocas visuais que alinham yin e yang, com a atenção meditativa direcionada ao cônjuge e ao ser composto que surge da união sensorial dos amantes. 


Técnicas como respiração profunda e cultivo de estado orgástico através do sorriso interior, combinadas com a exploração de zonas erógenas, fortalecem a vitalidade mútua, com genitais e outras áreas sensíveis como pontos de conexão. 


Essa sintonia elimina a urgência de se afastar após o clímax, substituindo-a por uma harmonia que celebra a entidade formada pela fusão, onde assim é possível sentir o que o outro sente, em uma troca energética que unifica os amantes. 


Nessa dança, o prazer de proporcionar prazer ao outro amplifica a própria experiência, transcendendo o impulso individualista em prol de uma alegria compartilhada.


No sexo casual, a pressa em se desconectar após o gozo, expõe um vazio emocional onde o amor faz falta. 


A vulnerabilidade pós-orgasmo, sem a ponte do afeto, gera pretextos para evitar a intimidade, e traz o vazio e insatisfação que acompanham o final do sexo casual, como se a proximidade exigisse uma justificativa que o prazer efêmero não sustenta. 


No amor, gestos como beijos prolongados, olhares profundos e carícias nas zonas erógenas fluem naturalmente, pois a conexão persiste, nutrindo o ser que surge da fusão sensorial, onde o prazer de proporcionar prazer ao outro eleva a experiência além do individualismo.


Tantra e Taoísmo revelam que o sexo, guiado por consciência e amor, é uma ponte para o divino, com o cônjuge como espelho da alma. A atenção interior, cultivada por práticas meditativas individuais e direcionada ao parceiro e ao ser que emerge da fusão de sensações, permite que os amantes, através de olhos, bocas, genitais e zonas erógenas, recriem o casal primordial, celebrando a totalidade do ser. 


O amor transforma o sexo em uma comunhão sagrada, dissolvendo a estranheza e a pressa instintiva por uma união que ressoa com a essência do universo, onde o prazer de proporcionar prazer ao outro se funde ao próprio, em uma dança de reciprocidade que transcende o eu.


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