Eu sou Micael Faccio, artista plástico, psicanalista formado pelo Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica, terapeuta transpessoal com uma prática que abrange, entre outros temas, o trabalho como sexólogo, oferecendo escuta e acompanhamento para questões relacionadas à sexualidade em suas diversas expressões. Minha vida tem sido uma busca contínua por compreender as múltiplas dimensões da existência humana. Desde jovem, as artes plásticas me atraíram como uma forma de expressar o que palavras muitas vezes não conseguem capturar. Através das cores, formas e texturas, aprendi a dar contorno ao mental, traduzindo emoções e ideias em algo concreto. Esse interesse inicial me levou depois, à psicanálise, um campo que se tornou um espaço natural para eu trabalhar com as histórias das pessoas e seus processos internos.

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Meu percurso formativo foi profundamente enriquecido pelo estudo das artes visuais, da semiótica, da mitologia e da religião, que se entrelaçam tanto na minha prática psicanalítica quanto no trabalho como sexólogo. As artes visuais me ensinaram a observar e interpretar as camadas simbólicas da experiência humana, uma habilidade que aplico ao compreender os significados que as pessoas atribuem à sua sexualidade. A semiótica, com seu foco nos signos e na construção de sentido, me deu ferramentas para decodificar as narrativas que emergem na terapia, especialmente quando se trata de tabus, desejos ou conflitos identitários. Já a mitologia e a religião, que explorei como expressões do inconsciente coletivo e do sagrado, me ajudam a identificar os arquétipos e as crenças que moldam a relação das pessoas consigo mesmas e com o outro, incluindo nas esferas do corpo, do prazer e da intimidade.

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Como sexólogo, meu trabalho vai além de tratar disfunções ou oferecer respostas prontas. Busco criar um espaço seguro onde as pessoas possam explorar sua sexualidade seja em aspectos emocionais, relacionais ou culturais com curiosidade e sem julgamento. Isso envolve acolher desde questões de orientação sexual e identidade de gênero até os impactos de traumas ou normas sociais na vivência do desejo. Minha abordagem, influenciada pela teoria transpessoal, considera o indivíduo em sua totalidade, conectado a um contexto mais amplo que inclui o coletivo e o transcendente.

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Na escuta terapêutica, utilizo esses elementos para criar um ambiente de reflexão. Meu objetivo é oferecer um espaço onde as pessoas possam mergulhar em aspectos mais profundos de si mesmas incluindo os que envolvem a sexualidade e suas nuances e encontrar algum sentido em suas vivências, sem pressa ou imposição. Não se trata de resolver problemas, mas de observar o que emerge nesse processo de introspecção, seja em questões emocionais, identitárias ou relacionais.

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Com o tempo, minha prática passou a refletir minha própria trajetória um exercício constante de aprendizado e atenção ao que nos define como humanos. Estou aqui para acompanhar quem busca compreender mais sobre si, investigando os mistérios da mente, do coração e do corpo, incluindo a terapia sexual como um caminho de acolhimento e descoberta, em uma jornada que, no fundo, é compartilhada por todos nós. A abordagem transpessoal, que guia meu trabalho, vai além do indivíduo isolado, integrando dimensões espirituais e coletivas à experiência pessoal. Ela me permite enxergar a sexualidade, por exemplo, não apenas como um aspecto biológico ou psicológico, mas como uma ponte para o autoconhecimento e a conexão com algo maior. É uma perspectiva que reconhece os estados expandidos de consciência, os sonhos e as experiências de transcendência, oferecendo um olhar mais amplo sobre o que significa ser humano e como podemos nos reconectar com nossa essência em um mundo muitas vezes fragmentado.