Posso adicionar meu psicólogo nas redes sociais?

Uma pergunta muito frequente que escuto em meu consultório, é se pode adicionar o psicólogo nas redes sociais. A resposta é: Depende do seu psicólogo! É super normal ter essa curiosidade, ainda mais quando você sente que tá rolando uma conexão legal na terapia. Aqui vou te mostrar como a psicologia enxerga essa possibilidade, destacando por que essa conexão nas redes não atrapalha e pode até fortalecer o vínculo terapêutico, sem comprometer o processo. O vínculo entre você e seu psicólogo é o coração da terapia. É aquele espaço onde você se sente seguro pra abrir o jogo, falar das suas angústias, sonhos e até daqueles pensamentos que parecem um nó na cabeça. Esse laço é construído com confiança, escuta atenta e um respeito mútuo que faz toda a diferença. Mas será que seguir seu psicólogo nas redes sociais pode prejudicar seu processo terapêutico? Vamos por partes, porque a psicologia, no geral, tem várias formas de enxergar isso, e a boa notícia é: na maioria dos casos, essa conexão não só é inofensiva como pode até ser um plus pro vínculo. No universo da psicologia, cada abordagem tem seu jeitinho de lidar com a relação terapeuta-paciente, e isso inclui o tema das redes sociais.

Na Psicanálise por exemplo, o psicólogo costuma manter uma postura mais neutra, quase como uma tela em branco. A ideia é que você projete seus sentimentos sem se distrair com a vida pessoal dele. Então, adicionar nas redes pode não ser tão comum, porque a distância ajuda a manter o foco em você apenas. Mas isso não significa que seja errado, só porque o psicanalista pode preferir manter as coisas mais reservadas, entende?

Já a psicologia existencialista, por exemplo, valoriza a autenticidade e a relação humana de verdade. O terapeuta não é um ser intocável, mas alguém que tá ali, presente, compartilhando o momento com você. Nessa visão, adicionar nas redes pode ser uma extensão dessa relação genuína. Ver um post do seu psicólogo sobre um livro que ele leu ou uma foto com o pet dele pode trazer uma sensação de proximidade, reforçando que ele é humano, assim como você.

No geral, a psicologia moderna tá cada vez mais adaptada ao mundo digital. As redes sociais são parte da nossa vida, e muitos psicólogos entendem que proibir ou demonizar essa interação pode parecer desconectado da realidade. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) no Brasil, por exemplo, não proíbe que psicólogos e pacientes se conectem nas redes, mas reforça que qualquer interação deve seguir as diretrizes éticas, como manter a confidencialidade e o profissionalismo. Ou seja, o psicólogo pode até te seguir de volta, mas não vai sair comentando sobre suas postagens. Adicionar seu psicólogo nas redes sociais não compromete o desempenho da terapia. O que faz a terapia funcionar é a qualidade do espaço terapêutico, aquele momento em que você se sente ouvido, acolhido e livre pra explorar quem você é. Ver um post do seu psicólogo viajando ou curtindo um show não muda isso. Na abordagem existencialista sartreana, a conexão nas redes pode até ser uma ferramenta pra fortalecer o vínculo. Essa linha acredita que a terapia é um espaço de encontro, onde você e o terapeuta se veem como seres humanos em busca de sentido. Quando você vê um post do seu psicólogo compartilhando algo pessoal (dentro dos limites éticos, claro), isso pode te lembrar que ele tá ali, vivendo, sentindo, existindo, assim como você. Essa autenticidade cria uma ponte emocional que pode tornar as sessões mais ricas. Além disso, a conexão nas redes pode ajudar a reduzir aquela sensação de “formalidade” que às vezes trava algumas pessoas na terapia. Principalmente pra quem tá começando, ver o psicólogo como alguém mais acessível pode facilitar o processo de se abrir. E, na visão existencialista, isso é ouro: quanto mais verdadeira for a relação, mais você consegue explorar sua própria existência com coragem. No fim, o que faz a terapia brilhar é o espaço que vocês criam juntos, com ou sem redes sociais. Adicionar seu psicólogo no Insta pode ser só um detalhe divertido, uma forma de tornar o vínculo mais humano e próximo, não tira o foco do que realmente importa: seu crescimento, suas descobertas e sua jornada. Uma perguntinha básica: Você segue seu psicólogo? E como se sente em relação a isso? Sua opinião é importante pra desmistificar essa dúvida que é tão frequente.